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Mosteiro de Kipina
Este mosteiro está localizado em Épiro, no noroeste da Grécia, acima do desfiladeiro do Rio Kalarrytikos, na região que faz parte do Parque Nacional de Tzoumerka. Foi construído na entrada de uma caverna aberta no paredão vertical da Montanha de Tzoumerka, sendo utilizados, na construção, materiais retirados da própria montanha.
No noroeste da Grécia, há quatro zonas geotectônicas (Subpelagoniana, Pindos, Gavrovo e Jônica). Elas se sobrepõem umas às outras com eixos de compressão tendendo NE-SW. Falhas normais, reversas e transcorrentes com direções principais NNW-SSE, NE-SW e EW influenciaram as formações geológicas locais. Em Épiro, predomina a zona geotectônica de Pindos, que deu origem à cadeia montanhosa de Pindos, a maior da Grécia, com grande alternância de rochas carbonáticas, silicosas e clásticas. Pertencente à Pindos, a Montanha Tzoumerka (ou Athamaniana) tem 2.393 m de altitude máxima, sendo a quarta mais elevada desta cadeia montanhosa, após Smolikas, Grammos e Tymfi. Esta região é caracterizada por relevo acentuado, com elevações e vales profundos, e abundância de águas superficiais. A bacia hidrográfica da região de Épiro é limitada ao sul pelo Golfo de Amvrakikos e ao norte pelas montanhas na fronteira greco-albanesa.
Pindos é considerado um nappe tectônico que, paleogeograficamente, está inserido em uma grande bacia marinha profunda. Este nappe se sobrepõe à zona geotectônica de Gabvrovo, a oeste e a norte. Caracteriza-se pela presença de placas de cavalgamento de leste a oeste causadas principalmente por tensões compressivas tangenciais que produzem repetições contínuas de formações geológicas.
As rochas da Zona de Pindos, do Triássico-Eoceno Superior, apresentam numerosas dobras fechadas, inclinadas e invertidas, além de muitas frentes de cavalgamentos e falhas reversas.
As rochas mais antigas pertencem a uma formação clástica, composta por (i) arenitos, cherts, margas e calcários do Triássico Médio e (ii) turbiditos calcíticos, calcários, sílex (vermelho a preto), margas argilosas, arenitos (verdes) e materiais vulcanossedimentares (andesitos, tufos, basaltos) do Triássico Médio a Superior.
Acima desta, ocorre uma formação xistosa do Jurássico composta por sílex multicolorido (radiolaríticos, azuis, verdes, castanhos, vermelhos e pretos), argilitos, arenitos, calcários siliciosos e sílex vermelho.
Sobre a formação xistosa, desenvolveu-se o chamado primeiro flysch da Zona de Pindos que consiste em (i) alternâncias de margas, radioralitas, cherts e folhelhos calcários, (ii) arenitos, (iii) arenitos pelágicos, calcários brechados e pelitos do Cretáceo Inferior. Uma série de leitos de transição do Cretáceo Superior (Maestrichtiano-Daniano) é composta por alternâncias de calcários platy, arenitos e xistos.
Outro flysch formado durante o Daniano/Plioceno Inferior-Eoceno Superior é chamado de Segundo flysch da Zona de Pindos. Constitui o flysch principal e consiste na alternância rítmica de arenitos e margas com camadas lenticulares de pequena espessura de conglomerados, além de calcários. É considerado o flysch mais característico do território grego.
A história do Mosteiro de Kipina, dedicado à Virgem Maria, começou no século XII. Alguns dos monges de um mosteiro próximo de Vyliza discordaram do local e decidiram procurar um lugar melhor. Encontraram a caverna na Montanha de Tzoumerka e tiveram que construir uma ponte improvisada com varas compridas para ter acesso a ela. A caverna, esculpida por rio subterrâneo, é bastante profunda, alcançando cerca de 240 m de comprimento. A dificuldade de acesso foi um dos fatores que definiu a escolha do local para o novo mosteiro. Durante a ocupação turca, muitos habitantes das aldeias vizinhas perseguidos pelos turcos, conseguiram encontrar abrigo neste mosteiro.
(Crédito da imagem: Lia Mageira - fonte1 - fonte2 - fonte3)Assuntos do dia
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