Por Marco Gonzalez
White Cliffs, do Cretáceo superior, em Dover, no sudeste da Inglaterra, são penhascos quase verticais de greda (giz) com mais de 100 m de altura.
Esta rocha calcária tem armazenado por ∼70 milhões de anos enorme quantidade de dióxido de carbono que foi retirado da atmosfera e soterrado no fundo do oceano.
Desta forma, ela contribui para viabilizar uma história climática do nosso planeta como o conhecemos: uma Terra habitável.
Esta é
UMA história e não
A história climática da Terra porque cada um que pretender contá-la, devido às suas complexidades e abrangências espacial e temporal, poderá se aprofundar mais ou menos em diferentes aspectos. Isto é justificável pois o clima é às vezes causa e às vezes consequência da geologia, da biologia e, em seus mais recentes momentos, das aventuras dos seres humanos. O narrador poderá se concentrar nas consequências ou nas causas, nos clímax ou nas transições, nos padrões ou nas anomalias... Enfim, seguindo o propósito deste blog, "uma história climática da Terra" tem a pretensão de ter a abrangência e a profundidade não mais do que necessárias a uma visão geral sobre o clima na Terra nestes mais de 4.500 milhões de anos.
Antes de contar esta história através da voz dos pesquisadores que a têm revelado, são revisados conceitos que evidenciam porque e como o clima da Terra se altera. Muitos deles refletem o comportamento atual do nosso planeta, mas suas relevâncias são atestadas pelas palavras do advogado e geólogo escocês Charles Lyell (1797-1875) que ensinou que "o presente é a chave do passado".