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Ilha de Santa Helena
Esta ilha faz parte do Território Ultramarino Britânico, juntamente com as ilhas Ascensão e Tristão da Cunha, no Atlântico Sul. Sua capital é Jamestown. É a segunda posse mais antiga do Reino Unido, depois das Bermudas, tendo sido colonizada pelos ingleses a partir de 1659.
Este conjunto de ilhas tem origem vulcânica a partir de hotspots. Embora estejam localizadas ao longo da dorsal Meso-Atlântico, no Atlântico Sul, não fazem parte dela. A medida que o Atlântico foi se expandindo, com a fragmentação do Gondwana, o hotspot que formou Santa Helena também teria sido responsável pela Linha dos Camarões, que inclui montes submarinos e as ilhas de Pagalu, São Tomé, Príncipe e Bioko.
A Ilha de Santa Helena é um vulcão escudo extinto que já foi muito maior. Atualmente, o ponto mais elevado da ilha é o Pico de Diana, com cume a 820 m de altitude, mas as elevações máximas já estiveram entre 1.200 e 1.500 m. Um volume de cerca de 20 km³ foi removido por erosão, ao esculpir profundos vales. Apenas 5% deste vulcão é visível, estando os 95% restantes abaixo do nível do mar, cuja profundidade é de 4,4 km na região.
Há 14 milhões de anos, a Ilha Santa Helena emergiu e, até 11 milhões de anos atrás, fluxos de lava subaérea foram depositadas. Formava-se o centro eruptivo do nordeste. Brechas submarinas e matacões de até 1,4 m de diâmetro de basalto e traquito com matriz verde-acastanhada são desta época. Após, a atividade eruptiva foi deslocada para o sudeste, inicialmente ficando centralizada na área da Baía Sandy. Foram formadas quatro unidades distintas, cada uma composta por um fluxo de lava sobreposto por camada piroclástica, com camadas sedimentares entre as de lava. Por volta de 9 milhões de anos, houve breve pausa nas erupções e a atividade vulcânica do sudoeste se deslocou ligeiramente para o atual cume da ilha. Lavas irromperam e, em alguns locais, preencheram canais erosivos. Há cerca de 8 milhões, diques e stoks de traquito intrudiram construindo formas que têm resistido à erosão, como Lot, Lot's Wife and Daughters, the Ass's Ears e Frightus Rock. Finalmente, uma pequena e última quantidade de lava irrompeu por volta de 7 milhões de anos atrás.
Em 1502, a Ilha de Santa Helena foi descoberta pelo navegador galego João da Nova (c.1460-1509), quando passava por ali a caminho da Índia. No início da ocupação humana, a ilha foi usada como local de exílio para criminosos ou prisioneiros de guerra e recebeu seu mais famoso residente, o general e monarca francês Napoleão Bonaparte (1769-1821). Ele ficou por lá de 1815, depois da derrota em Waterloo, até sua morte em 1821.
Charles Darwin a visitou em 1836 e, em 1844, escreveu "Observações geológicas sobre as ilhas vulcânicas", onde descreveu corretamente uma sequência basal de derrames de lava submarina, subjacente a uma série de derrames de lava basáltica, com traquitos intrusivos.
A densa floresta subtropical, que provavelmente existiu no interior da Ilha de Santa Helena, foi destruída pela introdução de cabras e de vegetação importada. Como resultado, a árvore Corda (Acalppha rubrinervis) e a Oliveira de Santa Helena (Nesiota elliptica) estão extintas e muitas outras plantas endêmicas estão ameaçadas.
A imagem acima mostra a baía Sandy, no sul da Ilha de Santa Helena, junto à região chamada Portão do Caos, com as cores do material resultante da erosão das rochas. As lavas do escudo inferior do centro eruptivo do sudeste afloram nesta região. Embora os ventos alísios alcancem a ilha, a topografia ajuda a manter esta baia com um clima calmo e ameno. É uma área árida, mas com locais bem cultivados, com plantações de café e banana.Assuntos do dia
mineração, danos, petróleo, mercado, fiscalização, política, geologia, paleontologia, terremotos, vulcanismo, ciência espacial e eventos.