Em breve:
Uma história climática da Terra - Parte 5 - Cenozoico

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27 de outubro de 2022

Notícias em 27/10/2022

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Bow Fiddle Rock
Bow Fiddle Rock, com cerca de 15 m de altura, constitui um arco natural marinho localizado a nordeste da Vila de Portknockie, na costa de Moray, no nordeste da Escócia. É assim chamado ("Rocha Arco de Violino") por causa de sua semelhança com a ponta do arco deste instrumento musical.
Por volta de 500 milhões de anos atrás, a região da Escócia atual ficava próxima à borda do supercontinente Laurentia e a colisão com o Avalonia produziu a Orogenia Caledoniana. Nesta orogenia, os sedimentos originais foram dobrados, achatados, esticados, fraturados, aquecidos e metamorfizados, produzindo xistos, gnaisses, mármores e quartzitos.
A geologia de Moray está associada à Orogenia Caledoniana, com eventos de dobramentos, metamorfismo e soerguimento das Montanhas Grampian. Em Moray, estes eventos afetaram a Formação Cullen, que faz parte do Grupo Grampiano, que por sua vez pertence ao Supergrupo Dalradiano. 
Os quartzitos da Formação Cullen, com cerca de 2.500 metros de espessura, compõem o litoral desde a Vila de Buckpool (no extremo oeste da cidade de Buckie) até Logie Head, o principal promontório a leste da antiga Vila de Cullen. Eles fazem parte do cinturão de dobras Caledoniano, que se estende por toda a Escócia (incluindo Shetland) e a Noruega.
Originados de arenitos depositados em ambiente marinho há cerca de 750 milhões de anos, estes quartzitos foram soerguidos e erodidos por ação marinha e eólica. O resultado pode ser visto, por exemplo, em Bow Fiddle Rock. Neste arco natural, faixas menos resistentes constituídas por mica xisto foram removidas para que fossem modeladas as feições atuais.
Bow Fiddle Rock e as rochas das proximidades acabaram ganhando uma coloração esbranquiçada em certos pontos devido aos excrementos de gaivotas que ao longo dos anos têm nidificado na região. Dizem que, antigamente, havia um ritual em que os nativos mais jovens, na passagem da primavera, iam até estas rochas para procurar ovos destas aves.
(Crédito da imagem: Giuseppe Milo - fonte1 - fonte2 - fonte3)

Assuntos do dia
projeto, produção, mercado, garimpo, energia alternativa, meio ambiente, mineralogia, paleontologia, terremotos, vulcanismo, conhecimento, eventos e outros.

19 de setembro de 2022

Notícias de 17 a 19/09/2022

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Remarkable Cave
Esta caverna está localizada cerca de 12 km ao sul de Port Arthur, na costa sul da Península Forestier, na Tasmânia, Austrália. A região é ligada ao restante da Tasmânia por um istmo baixo e estreito, o Eaglehawk Neck, que chega a alcançar a largura mínima de 20 m.
As rochas da Península Forestier são arenitos cujos sedimentos foram depositados no mar aproximadamente entre 300 milhões e 200 milhões de anos (Permiano e Triássico). Lamitos também estão presentes em alguns locais. Por volta de 165 milhões de anos, a massa de terra que constitui a Tasmânia foi soerguida do fundo do mar e, neste processo, ocorreu a intrusão de um dolerito jurássico entre os estratos de arenito. Como o dolerito se contraiu substancialmente à medida que esfriou, resultaram rachaduras verticais. Após milhões de anos de erosão, grande parte do arenito que circunda o dolerito foi erodida, as áreas costeiras foram rebaixadas e se destacaram os pilares de dolerito negro, como o Cabo Pillar.
Na extremidade da península, a erosão marinha esculpiu espiráculos, desfiladeiros e cavernas no arenito. Uma delas é a Remarkable Cave que, antes era uma caverna profunda, mas atualmente é um tunel estreito com cerca de 40 m de comprimento. Esta abertura foi esculpida no arenito pela erosão ao longo de fraturas, ampliadas por antigos terremotos na zona de contato entre arenito e dolerito. Seu teto expõe este contato onde é possível observar dobras no arenito que ocorreram quando a plasticidade desta rocha foi aumentada pela proximidade da intrusão dolerítica.
É possível acessar a caverna somente em alguns dias próximos à Páscoa, quando as marés estão baixas o suficiente para que a água não se mova constantemente pela Remarkable Cave. Em outros momentos, fortes ondas tornam perigosa a caminhada no local. Diversos pontos turísticos são encontrados na península da Tasmânia, incluindo o espiráculo Maingon Blowhole, a enseada Safety, as baías Maingon e Crescente e o Monte Brown.
(Crédito da imagem: portarthur - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4 - fonte5)

Assuntos do dia
mineração, mercado, água, garimpo, meio ambiente, geologia, mineralogia, paleontologia, terremotos, vulcanismo, tecnologia, ciência espacial, eventos e outros.

16 de setembro de 2022

Notícias em 16/09/2022

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Praia de Kelingling
Esta praia está localizada no distrito de Klungkung, na costa sudoeste da Ilha de Nusa Penida, a sudeste de Bali, Indonésia.
A ilha é constituída por calcários da Formação Selatan, de ambiente cástico. Esta litologia apresenta estratos com inclinação entre 7 e 10 graus e possui fósseis de Lepidociclina, Cycloclypeus Sp e Operculina Sp, que indicam a idade correspondente ao Mioceno. A geomorfologia cárstica domina a paisagem da ilha, com cavernas, dolinas, torres e baías.
A erosão formou colinas, prados e falésias, que são cobertos por vegetação variada, com solo pobre e com baixa capacidade de retenção de água, além da baixa pluviosidade. Apenas algumas espécies de árvores, como Teca, mogno, sândalo e gmelina, além da neem (que produz medicamentos, cosméticos, pesticidas e óleo vegetal), podem ser cultivadas na Ilha de Nusa Penida. Seus 20.707 ha são cobertos quase que totalmente por área cárstica, contrastando, por estas condições climáticas e de solo, com Bali, onde são encontrados arrozais em sistemas irrigados. Contrasta também com o restante da Indonésia, onde apenas 20% da área é cárstica.
A Praia de Kelingling (da imagem acima) recebeu este nome (que significa "Dedo Mínimo", em indonésio) devido à forma da torre cástica gerada a partir da dissolução do calcário e da erosão marinha. Em alguns lados da falésia ainda são visíveis padrões de falhas e fraturas nas paredes calcárias, indicando que também há controle estrutural na sua forma atual. Este local é conhecido como Baía T-Rex, também devido ao formato da formação rochosa.
(Crédito da imagem: Tawatchai07 / Freepik.com - fonte1 - fonte2 - fonte3)

Assuntos do dia
mineração, petróleo, mercado, garimpo, energia alternativa, paleontologia, terremotos, vulcanismo, tecnologia, ciência espacial, asteroides, eventos e outros.

10 de julho de 2022

Notícias em 10/07/2022

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Praia do Espelho
No nordeste brasileiro, as falésias do Grupo Barreiras são encontradas em vários trechos do litoral. Um exemplo é a Praia do Espelho (imagem acima), que fica nas proximidades de Trancoso, no sul da BA. As rochas deste grupo se estendem desde o AP até o RJ com grande regularidade geomorfológica. Elas testemunharam grandes movimentos eustáticos do Mioceno, provavelmente entre 22 milhões e 17 milhões de anos, quando as diferenciadas deposições de seus sedimentos começaram a acontecer. Estas deposições se estenderam ao Pleistoceno, segundo alguns autores e, entre as principais hipóteses para que ocorressem, encontram-se as seguintes: (i) ação do intemperismo químico no embasamento, em clima úmido, e desagregação mecânica e transporte fluvial, em clima semi-árido; (ii) eustasia e deposições a partir de complexos sistemas e cones aluviais, canais fluviais e planícies de marés; e (iii) soerguimento continental progressivo, com abatimento de áreas litorâneas contíguas. A literatura atribui ao Grupo Barreiras ambientes de deposição que vão desde sistema fluvial entrelaçado, associado a leques aluviais, fluvial meandrante a estuarino, até ambiente com influência marinha na porção mais distal. São observadas no sul da BA diversas litofácies, onde são encontrados principalmente arenitos e argilitos. Os arenitos podem ter níveis conglomeráticos, podem ser maciços ou laminados e ainda ter estratificações planoparalelas ou cruzadas. As cores destas rochas variam entre creme, avermelhadas, esbranquiçadas e cinza-claro. Provavelmente, a coloração esbranquiçada se deva à matriz caulínica. A presença de fósseis marinhos e restos de vegetação costeira indicam que o ambiente de deposição do Grupo foi também marinho, assim como marinha foi a inspiração para o nome do Grupo Barreiras. Ele tem origem na visão dos navegadores portugueses quando avistaram uma parte da costa brasileira e a acharam semelhante a barreiras naturais. O escrivão português Pero Vaz de Caminha (1450-1500) escreveu: "Tem, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas; e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes arvoredos". As barreiras brancas podem ser vistas, por exemplo, na Praia do Espelho.
(rédito a imagem: Cristiano Lourenço - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4)

Assuntos do dia
petróleo, garimpo, energia alternativa, geologia, terremotos e vulcanismo.

6 de julho de 2022

Notícias em 06/07/2022

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Chapadão da Praia da Pipa
A Praia da Pipa está localizada no município de Tibau do Sul, na costa leste do RN. Do Eoceno até o final do Plioceno, na região, houve longo período de erosão e denudação, com acúmulo de algum sedimento na plataforma continental e no Platô de Pernambuco. Em seguida, ocorreu a deposição dos sedimentos que deram origem às rochas sedimentares siliciclásticas da Formação Barreiras, com idades do Mioceno ao Pleistoceno. Constituíram arenitos, por vezes conglomeráticos ou síltico-argilosos, argilitos e conglomerados. Os afloramentos destas rochas separam a região costeira da sublitorânea e alcançam as proximidades do mar sob a forma de falésias. No topo destas falésias, a Formação Barreiras pode apresentar uma feição geomorfológica denominada Tabuleiro Costeiro. É uma área exposta frequentemente à abrasões marinha, eólica e pluvial, além de interferência antrópica, apresentando superfície praticamente plana, com suave inclinação em direção ao oceano. Eventualmente, não possui cobertura vegetal devido a causas como desmatamentos, agentes eólicos e drenagem pluvial. Os Tabuleiros Costeiros são conhecidos localmente como chapadas ou chapadões, como aquele da imagem acima, na Praia da Pipa.
(Crédito da imagem: Gustavo Cordeiro - fonte1 - fonte2)

Assuntos do dia
projeto, mineiros, petróleo, mercado, infraestrutura, política, garimpo, energia alternativa, meio ambiente, paleontologia, terremotos, vulcanismo, arqueologia, asteroides, conhecimento, eventos e outros.

25 de maio de 2022

Notícias em 24 e 25/05/2022

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Brecha vulcânica de Papôa
Este tufo-brecha ocorre em Papôa, uma pequena península no Cabo Carvoeira, no Concelho de Peniche, distrito de Leiria, Portugal. É constituído por um material fino extremamente alterado, que corresponde a cinzas vulcânicas lapidificadas e engloba bombas vulcânicas, bagacina (ou lapilli) e fragmentos irregulares de diversos tipos de rocha das paredes da chaminé vulcânica. Entre estes fragmentos se destacam grés feldspáticos, calcários, basaltos e cherts, além de granitos com feldspato róseo e gnaisses. O tamanho dos fragmentos é variável, desde pequenos clastos até blocos de grandes dimensões. As bombas vulcânicas, relativamente abundantes e de dimensões variáveis, são caracterizadas por apresentarem perfeição no seu contorno. Constituem-se muitas vezes de um núcleo de granito ou gnaisse envolvido por uma capa de material magmático alterado e, em alguns exemplares, com extremidades retorcidas pelo movimento rotacional da lava durante o seu percurso aéreo. O tufo-brecha é limitado a noroeste e a sudeste por falhas normais paralelas. Este controle estrutural associado às características piroclásticas sugere que esta formação representa muito provavelmente o que restou de um cone vulcânico conservado pelo seu colapso parcial. Por outro lado, a intensidade das explosões deve ter sido bastante forte para justificar que tivessem sido arrancados grandes blocos rochosos.
(Crédito da imagem: greatwest - fonte)

Assuntos do dia
projeto, mineração, petróleo, mercado, infraestrutura, água, garimpo, energia alternativa, meio ambiente, geologia, mineralogia, paleontologia, terremotos, vulcanismo, tecnologia, ciência espacial, eventos, vagas e outros.

24 de abril de 2022

Notícias em 24/04/2022

Assuntos do dia:
economia, mineração, mercado, água, garimpo, energia alternativa, meio ambiente, paleontologia, terremotos, vulcanismo, asteroides, eventos e outros.

Cascata do Rio São Marcos
Esta cachoeira está localizada na Serra Gaúcha, nas proximidades da cidade de São Marcos. Tem 10 metros de altura e 50 de largura. Possui quatro ou mais quedas d'água que se transformam em uma única nos períodos de cheia. É alimentada pelo Rio São Marcos, afluente do Rio das Antas e divisor geográfico entre as cidades de Caxias do Sul e São Marcos. A região faz parte da Encosta Superior do Nordeste com rochas basálticas pertencentes à Bacia do Paraná, Grupo São Bento, Formação Serra Geral, do Cretáceo. O vulcanismo ácido da região de São Marcos pode ter sido gerado por sucessivos derrames que atingiram uma espessura mínima de 240 metros. Estas rochas apresentam fenocristais subédricos a euédricos e ausência constituintes típicos de ignimbritos e reoignimbritos. Dados de litoquímica indicam que as lavas constituíram riodacitos do grupo Palmas e subgrupo Caxias do Sul. Sotoposto a este episódio ácido afloram seis unidades efusivas de rochas básicas, incluindo quatro derrames do tipo pahoehoe e dois do tipo a'a'. Bem depois deste período, a partir de 1885, o município de São Marcos teve seu povoamento inicialmente realizado por imigrantes italianos que chegaram às margens dos Rios São Marcos e das Antas. Em 1891, chegaram os poloneses e, posteriormente, imigrantes de outras etnias se estabeleceram na região.
(Crédito da imagem: Luís H. Fritsch - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4 - fonte5)

31 de dezembro de 2018

Retrospectiva 2018 - Garimpo


Imagem em destaque
Garimpo ilegal no Pará
PR e Ibama combatem garimpo em terra indígena Kayapó, no Pará.
(Crédito da imagem: Ibama)

Principais notícias sobre Garimpo no ano de 2018

30 de outubro de 2017

Fatos. Em busca do ouro perdido em Serra Pelada

Por Marco Gonzalez


Situação atual da cava do garimpo de Serra Pelada (composição - as fotos são de autoria de Hallel)

No Brasil, quando se pensa em ouro, irremediavelmente vem à mente o fenômeno do garimpo de Serra Pelada. Este texto procura discuti-lo sob diversos aspectos relembrando fatos entremeados de sonhos e lama.

5 de setembro de 2017

Fatos. Mercúrio: danos e pacto

Por: Marco Gonzalez

Mercúrio (por Wikimedia Commons)

Danos

Altamente tóxico, o mercúrio é uma das dez substâncias químicas mais prejudiciais à saúde humana, conforme lista da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele pode ser encontrado naturalmente no meio ambiente ou ser liberado na natureza indevidamente através de atividades humanas, como no garimpo, ou mesmo na queima de carbono. O mercúrio fatalmente chega aos seres humanos ao ser transmitido pela cadeia alimentar, incluindo peixes e mamíferos. 

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