19 de junho de 2022

Notícias em 19/06/2022

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O encontro das águas Negro-Solimões
A imagem acima mostra uma vista aérea com a cidade de Manaus ao fundo, mais à esquerda. Também mostra o local onde o Rio Amazonas é formado a partir do encontro das águas mais escuras do Rio Negro com as águas mais claras do Rio Solimões, no estado do AM, Brasil. O ângulo da confluência Negro-Solimões é definido pela neotectônica transcorrente que, de resto, domina a parte central da Bacia do Amazonas. Nesta região, depósitos clásticos da Formação Alter do Chão, do Cretáceo ou Cenozoico, servem de assoalho para a planície holocênica ali desenvolvida. Ela emerge em diversos pontos configurando as margens e os leitos dos rios. Um nível silicificado desta formação aflora na Ponta das Lajes (na margem esquerda do Rio Negro, na porção central da imagem acima), avançando nas águas deste rio, como que a empurrá-lo de encontro ao Rio Solimões. A neotectônica, presente na Ponta das Lajes, tem, deste modo, responsabilidade na preparação do encontro das águas Negro-Solimões, assim como na sedimentação quaternária das ilhas fluviais Xiborena e do Careiro (na imagem acima, respectivamente, à esquerda e à direita do Rio Solimões). A Formação Alter do Chão chega a ser escavada na margem norte do ultimo trecho do Rio Negro (com 90 m de profundidade neste encontro), antes do encontro, como se fizesse uma última tentativa para se afastar do Rio Solimões (com 35 m de profundidade no local). Na altura da Ponta das Lajes, o Rio Amazonas praticamente inicia seu percurso e ali ele tem sua menor largura, cerca de 2 km. Este rio e seus afluentes têm uma vazão anual média de 200.000 m³/segundo e apresentam diferenças marcantes na coloração e na transparência das suas águas. Isto se deve, principalmente, às características físico-químicas (temperatura, pH, alcalinidade, condutividade e dureza), biológicas e geológicas, que determinam a composição do material dissolvido (incluindo matéria orgânica e oxigênio). Estes fatores definem os tipos de água e, entre os mais conhecidos na região amazônica, temos a "água preta" e a "água branca". Na confluência Negro-Solimões, estes tipos são representados respectivamente pelos rios Negro (que nasce nos Llanos, uma vasta planície da Colômbia, procedendo do Escudo das Guianas) e Solimões (que nasce nos Andes peruanos). A "água preta" é extremamente pobre em sais minerais, nutrientes e eletrólitos devido à pouca movimentação e ao suave relevo das suas regiões de origem. Em geral, os processos de erosão são pouco intensos e reduzidos pelo revestimento florestal. O Rio Negro carrega grande quantidade de ácidos húmicos e óxidos de ferro dissolvidos. Seu pH fica entre 4,8 e 5,1. A "água branca" do Rio Solimões é influenciada, principalmente, pela erosão que ocorre na região Andina e Pré-Andina, junto às nascentes, onde o solo é relativamente alcalino e rico em sais minerais. Nestes casos, intensos processos erosivos lançam elevada carga de sedimentos nas águas. O Rio Solimões carrega entre 37 mg/litro (nas épocas de seca) e 165 mg/litro (nas enchentes) de sedimentos, incluindo argilas, siltes e areias finas. O ph fica próximo da neutralidade, entre 6,5 e 7. Para a diferença de coloração das águas destes dois rios, uma outra razão é indicada na chamada "Lenda do encontro das águas". Diz esta lenda que a índia Jasmin e o filho do "Deus do Vendo" se apaixonaram. O pai do rapaz ficou furioso e resolveu, como castigo, parar o vento da floresta. Os pássaros fugiram e a tristeza tomou conta de todos. A tribo de Jasmin, para acalmar o "Deus do Vento", resolveu jogar a pobre coitada no rio e, sabendo disto, o filho do "Deus do Vento" resolveu se jogar também. Morreram ambos afogados, mas os cabelos negros de Jasmin (no lado do Rio Negro) e os cabelos claros de seu amado (no lado do Solimões) ficaram unidos e separados para sempre, representando aquele amor impossível.
(Crédito da imagem: Portal da Copa - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4)

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    Dia 19, nas Ilhas Volcano, região do Japão (4,6 graus), em Tonga (4,9), na costa leste de Honshu, Japão (4,6), na região de Tonga (4,8) e no norte do Oceano Atlântico (4,5).
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