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13 de fevereiro de 2023

Contribuições da geologia aos mosteiros elevados - Parte I

Por Marco Gonzalez

O Mosteiro do Monte da Tentação, do século IV, tendo ao fundo o Vale do Jordão e a cidade palestina de Jericó na Cisjordânia (Foto: Alexey Goral).

O Mosteiro do Monte da Tentação é um bom exemplo de elevação em que a geologia contribuiu, neste caso, com estratos de calcário e dolomito do Cretáceo Superior (entre 100 milhões e 90 milhões de anos) onde ele foi encravado no deserto da Judéia. É uma geologia (apenas aparentemente) menos complexa que sua administração, pois, embora ele esteja sob a jurisdição da Autoridade Palestina, é propriedade da Igreja Ortodoxa Grega de Jerusalém.

Este e outros mosteiros elevados que serão discutidos e apresentados aqui são aqueles posicionados em elevações topográficas, condição que depende basicamente do contexto geológico e não da espiritualidade. O isolamento característico destes mosteiros, garantido desta forma terrena, constituiu requisito essencial na época em que foram construídos visando dificuldade de acesso e propiciando:
  • a paz desejada para o cotidiano de meditações e/ou
  • a segurança necessária para proteção contra invasores por razões diversas.
Alguns destes mosteiros continuam com a dificuldade de acesso original. No entanto, outros receberam benfeitorias, como escadarias, para viabilizar visitas de peregrinos ou mesmo de turistas curiosos, que, assim, conseguem vencer o desnível proporcionado pela geologia.

A associação da geologia com alguns dos mosteiros elevados é apresentada em cinco partes. Nesta primeira parte são tratados os seguintes assuntos:
  • monasticismo eremítico,
  • breve história do eremitismo religioso e
  • contribuições da geologia
Nas partes seguintes, serão apresentados e discutidos exemplos de mosteiros agrupados em distintos cenários geológicos.

Monasticismo eremítico

O monasticismo, como forma de vida religiosa, está vinculado a práticas ascéticas com votos de celibato, pobreza e obediência.

Monasticismo: condição ou sistema de vida monástica.
Monástico: relativo a monastério ou a monges ou monjas.
Monge e Monja: vêm do grego "monakhós" ("o que vive só").
Mosteiro ou Monastério: local onde vivem os monges e/ou as monjas.
Monasterium: origem latina dos substantivos mosteiro e monastério. Vem do grego "monatérion" ("local ou casa de monges" e originalmente "cela de um eremita"), tendo derivado do verbo "monázein" ("estar só").
Eremita ou Ermita: pessoa que habita locais despovoados.
Eremités: origem grega dos substantivos eremita e ermita. Significa "o que vive no deserto" e deriva de "erêmia" ("deserto") e de "eremos" ("desolado").
Ascético: refere-se à 
abstenção dos prazeres e do conforto material, em busca do aperfeiçoamento espiritual.

Há dois tipos de monasticismo: o cenobítico e o eremítico.

Monasticismo cenobítico: caracterizado por um estilo de vida austero, ainda que comunitário.
Monasticismo eremítico: caracterizado por um estilo de vida eremítico, ou seja, de solidão quase ininterrupta.

Historicamente, há dois tipos de eremitismo religioso: o anacoreta e o recluso.

Eremitismo religioso: caracterizada pela solidão, com supressão de todas as relações sociais, constituindo uma forma contemplativa em sua essência.
Eremitismo religioso anacoreta: visa a contemplação solitária, que é buscada em regiões ermas, como desertos e florestas. Originalmente, o termo 
anacoreta era usado para o ato de sonegação ou evasão fiscal por meio de fuga para locais afastados.
Eremitismo religioso recluso: visa também a contemplação solitária, porém a solidão é propiciada por uma pequena cela com minúscula janela para restrita comunicação com o mundo exterior.

O Mosteiro de San Juan de la Peña é um bom exemplo de monasticismo eremítico. Foi construído no conglomerado macio do Eoceno Superior (cerca de 35 milhões de anos) da serra espanhola de mesmo nome que resultou da erosão dos Pirineus. No ano 711, o local recebeu sobreviventes da conquista muçulmana e foi constituída uma comunidade de eremitas que existiu até o século X. No ano 920, foi construído o mosteiro original, em 1026, ele foi ampliado e, em 1028, foi adotada a regra beneditina.

Regra beneditina: obra escrita no século VI por São Bento de Núrsia (480-547) onde, em 73 capítulos, ele transmite valores como oração, silêncio, trabalho e humildade. É considerada um marco na tradição do monasticismo ocidental.

O Mosteiro de San Juan de la Peña (Foto: Aracajal), construído em escarpas de conglomerado, está localizado no município de Jaca, na província de Huesca, em Aragão, Espanha.

Referências

Eremitismo (acesso em 2023): www.encyclopedia.com

Geologia da Cisjordânia (acesso em 2023): d-nb.info

Monasticismo (acesso em 2023): projects.mcah.columbia.edu

Mosteiro do Monte da Tentação (acesso em 2023): www.petitfute.co.uk

San Juan de la Peña (acesso em 2023): www.showcaves.com

Breve história do eremitismo religioso

O eremitismo desempenhou um papel importante em religiões como o Budismo, o Cristianismo e o Jainismo.

Budismo: religião baseada nos ensinamentos deixados pelo Buda Sakyamuni, que nasceu na Índia com o nome de Siddhartha Gautama (c.563 aC-c.483 aC).
Cristianismo: religião baseada nos ensinamentos de Jesus de Nazaré (século I).
Jainismo
religião, cujas raízes remontam o século I aC, que ensina que o caminho da iluminação é percorrido através da não-violência.

Os primeiros registros deste modo de vida religiosa podem ter aparecido pela primeira vez como uma vocação vitalícia na Índia por volta do século VIII aC. Indícios de abrigos rochosos, de praticantes do Budismo na Índia, são datados desde o século II aC, existindo pelo menos desde o período Calcolítico. Evidências disto são encontradas em colinas de Arenito Vindhyan do Cambriano, como em Sanchi, na região central da Índia.

Os primeiros tradutores da Bíblia grega para o latim, no século III aC cunharam o termo "eremus" ("deserto"), que não existia no latim profano. Este termo acabou sendo convertido progressivamente em símbolo de atitude espiritual. Exemplos de busca pelo eremitismo religioso são facilmente encontrados na história religiosa. Na Palestina, os essênios se retiraram da influência do Judaísmo normativo, no século II aC, e criaram sua própria comunidade de salvação com uma vida estrita e ritualizada. No Egito, os Terapeutas seguiam uma forma de vida predominantemente eremítica no século I. No final do século III, também no Egito, o eremitismo cristão apareceu de maneira definitiva e exemplar. 

Judaismo: religião baseada na Torá, que ensina que há um único invisível Criador do Céu e da Terra e especifica 613 mandamentos a serem estudados e seguidos.
Essênios: grupo palestino isolado da sociedade, com vida austera, que seguia os ensinamentos da Torá segundo suas próprias interpretações, entendendo ser necessária a adoção de um modo de vida peculiar para preservar a retidão da vivência religiosa judaica.
Terapeutas: grupo egípcio do tipo essênio, que professava uma arte de medicina que visava curar o corpo e a alma.

O eremitismo se espalhou rapidamente por todo o Oriente Médio, com eremitas vivendo em troncos ocos de árvores, em bosques e mesmo em elevações rochosas. Em meados do século IV, muitos deles viviam nas montanhas de calcário do Eoceno Médio (cerca de 45 milhões de anos) nas proximidades da cidade Nusaybin (ou Nisibus) no sudeste da Turquia, em áreas de gesso e calcário do Mioceno Médio (cerca de 14 milhões de anos) na Mesopotâmia, na região montanhosa pertencente à Cordilheira Taurus com calcários pré-Eoceno ao redor da Antióquia e nos calcários e dolomitos do Cretáceo Superior do Monte da Tentação na Cisjordânia. No século XI, um grupo passou a habitar cavernas em rochas da Podnistrovia Média, na Ucrânia. Alguns ainda são usados com os propósitos religiosos originais, como os chamados "mosteiros das cavernas" de Bakota e Liadova, escavados em calcários do Cenomaniano (Cretáceo, por volta de 95 milhões de anos).

Antes, no século IV aC, as conquistas de Alexandre, o Grande (356 aC-323 aC), no Oriente Médio, e suas expedições à Índia tornaram a filosofia e a religião hindus visíveis no mundo grego.

Hinduísmo: religião originada nas proximidades do Rio Indo, na Índia, sendo uma das mais antigas do mundo. É composta por diferentes crenças e práticas religiosas, não tendo um único livro sagrado, mas vários, como Vedas, Ramayana, Mahabharata e Puranas. Não há um só deus, mas vários, como Brahman, o criador, Vishnu, o preservador, e Shiva, o destruidor.

No Ocidente, na segunda metade do século IV, surgiram eremitas nas montanhas de Oropa, onde um santuário foi construído sobre um bloco errático glacial, no norte da Itália. Ainda no século IV, nas proximidades de Roma, foram ocupadas colinas com tufos vulcânicos que fazem parte de um espesso planalto piroclástico. 

Megisti Lavra no Monte Athos, Grécia (Foto: Powerfox).

No século X, foi construído o Megisti Lavra ("Grande Monastério"), no Monte Athos, no nordeste da Grécia. As rochas deste monte, assim como as da ponta sul da península Calcídica (Halkidiki ou Chalkidiki) onde ele está localizado, são constituídas de calcário, mármore e rochas metamórficas de baixo grau. Megisti Lavra foi fundado em 963 por Athanasius, o Atonita (920-1003), embora eremitas já vivessem antes naquele monte.

No século XVII, a espiritualidade eremítica floresceu. Fundações eremíticas nas encostas calcárias de Córdoba, na Espanha, existiram até meados do século XX.

O eremitismo em algumas religiões:
  • Budismo – No século V, no norte da Índia, foi iniciada uma ordem de budistas renunciantes, a Sangha, com celibatários sem-teto. A medida que a Sangha cresceu, entretanto, muitos monges e monjas gradualmente desistiram do estilo de vida eremítico e se estabeleceram em comunidades cenobíticas. Isto se justifica porque a principal missão do monasticismo budista é preservar e praticar o ensinamento do Buda, o que não pode ser feito de modo eremítico.
  • Cristianismo – O eremitismo cristão teve sua origem nos desertos egípcios no século III ou IV, com anacoretas que buscavam a perfeição no mais extremo monasticismo. O mais famoso desses eremitas foi Santo Antão do Egito (251-356). Em 1917, no entanto, o Código de Direito Canônico da Igreja Católica Romana oficialmente não mais reconheceu o eremitismo como uma das formas de vida monástica por desfavorecer a vida comunitária.
  • Hinduismo – Está fortemente associado ao sistema Asrama que, dentre os quatro estágios cronológicos previstos na vida dos seguidores, o terceiro (vanaprasthya) é caracterizado como "morador da floresta ou eremita". O sistema Asrama original, antes do século I dC, não distinguia este estágio do seguinte (samnyasa), caracterizado como "mendicante errante".
  • Islã – Considera o eremitismo um tipo de vida excepcional, já que a vida religiosa deve ser vivida em comunidade e o ideal espiritual mulçumano é a "solidão no meio da multidão".
  • Jainismo – Grandes heróis originais do Jainismo viveram como eremitas em grande parte de suas vidas. É o caso de Pārśvanātha no século VIII aC e de Mahāvīra no século VI aC. Gośāla, o fundador dos Ājīvikas no século VI aC, começou sua vida ascética retirando-se nu para a floresta.
  • Judaismo – O preceito "frutificar e multiplicar" que visa a perpetuação da vida faz com que esta religião não encoraje qualquer forma de monasticismo.
Islã: religião muçulmana que segue os ensinamentos do Alcorão (o texto central) e do Hadith (coleção de tradições com ditos e ações do Profeta Muhammad).

Referências

Arenito Vindhyan (acesso em 2023): www.researchgate.net1

Celibato no Judaismo (acesso em 2023): www.jewishvirtuallibrary.org

Colinas de Roma (acesso em 2023): www.nature.com

Eremitismo (acesso em 2023): www.encyclopedia.com

Eremitismo em Córdoba (acesso em 2023): eprints.ucm.es

Geologia da Cordilheira Taurus (acesso em 2023): dergipark.org.tr2

Geologia da Mesopotâmia (acesso em 2023): www.researchgate.net2

Geologia da Podnistrovia Média (acesso em 2023): cyberleninka.ru

Geologia de Nusaybin (acesso em 2023): dergipark.org.tr1

Geologia de Oropa (acesso em 2023): www.biellaclub.it

Geologia do Monte Athos (acesso em 2023): www.researchgate.net3

Megisti Lavra (acesso em 2023): www.macedonian-heritage.gr

Monasticismo (acesso em 2023): projects.mcah.columbia.edu

Monasticismo budista (acesso em 2023): www.bhikkhuni.net

Mosteiros budistas e monasticismo na Índia antiga (acesso em 2023): ucl.ac.uk/

Propagação budista na Índia Central (acesso em 2023): www.tandfonline.com

Sanchi (acesso em 2023): www.shunya.net

Terras Altas da Antióquia (acesso em 2023): www.cambridge.org

Contribuições da geologia

A geologia propiciou a construção de mosteiros de muitas maneiras, uma delas foi através da facilidade em esculpir o material rochoso disponível. O sucesso desta tarefa depende de algumas propriedades das rochas, como dureza, abrasividade e porosidade, assim como também depende de seus estados quanto aos graus de fraturamento e de decomposição.

Dureza de uma rochapode ser considerada como sendo a média proporcional das durezas dos minerais que a compõem.
Dureza de um mineral: resistência relativa ao risco medida comparativamente com outro material de dureza conhecida na Escala de Dureza de Mohs.
Abrasividade: é a perda progressiva de material da superfície da rocha causada por processos mecânicos.
Porosidade: percentagem de interstícios vazios ou preenchidos por fases líquidas e/ou gasosas com relação ao volume da rocha.

A dureza e a porosidade do ignimbrito, no Mosteiro Zelve, na Capadócia, Turquia, permitiram que fossem esculpidos ambientes adequados ao monasticismo (e a outras situações e necessidades), compondo habitats trogloditas.

Habitat trogloditacaverna construída por humano. Muitos exemplos são encontrados na região de tufos vulcânicos da Turquia, onde essas cavernas eram usadas desde os primeiros dias do Cristianismo.

O Mosteiro Zelve, localizado na Capadócia, Turquia (Foto: Noumenon).

O Mosteiro de Zelve, na Capadócia, foi esculpido em uma rocha quase que exclusivamente composta por pedra-pomes riolítica vítrea. Esta rocha é um ignimbrito que leva o mesmo nome do mosteiro.

Porém, no caso dos mosteiros elevados, é preciso olhar para além das propriedades das rochas. Concretamente, é preciso olhar para cima. O que se vê é que a história geológica pode ter efeitos significativos na evolução da paisagem de uma região, principalmente com movimentações positivas do relevo. Um bom exemplo disto é Sacra di Sant Michele. Este mosteiro foi assentado no Monte Pirchiriano, um esporão rochoso soerguido durante a orogenia alpina e moldado por glaciações.

Sacra di Sant Michele, mosteiro do século X, na Itália, com os Alpes Cócios ao fundo (Foto: Elio Pallard).

Portanto, para o posicionamento de mosteiros elevados são muito relevantes os processos de orogênese (envolvendo modelos e contextos mais amplos, como o Ciclo de Wilson) e de epirogênese. Não se pode deixar de salientar que, para dar contornos finais à paisagem (enquanto duram), têm relevância as ações de denudação e, mais especificamente, a erosão diferencial.

Orogênese: conjunto de processos geológicos relacionadas com tectônica compressional, que resultam na formação de cadeias de montanhas.
Ciclo de Wilson: sistematização dos processos de abertura e fechamento de bacias oceânicas.
Epirogênese: soerguimento ou subsidência em ampla área da crosta terrestre decorrente de ajustes (
por erosão, degelo ou outras causas) no equilíbrio entre a densidade da litosfera e da astenosfera.
Litosfera: A camada externa, com consistência rígida, constituída de rocha, com espessura media de pelo menos 80 km em grande parte da Terra.
Astenosfera: camada diretamente abaixo da litosfera, com consistência semi-sólida, que atinge cerca de 200 km de profundidade abaixo da superfície.
Denudação: erosão progressiva de uma região montanhosa.
Erosão diferencial
erosão que ocorre em taxas irregulares, onde rochas menos resistentes são rapidamente desgastadas, enquanto rochas mais resistentes permanecem para formar relevos elevados.

Processos de evolução da paisagem podem compor uma boa receita para o surgimento de formas de relevo diversas, como colina, encosta, escarpa, esporão, falésia, montanha, monte, morro, morro testemunho, mesa, pico, platô e serra.

Colina: elevação do terreno com declives suaves com altura* que não excede 50 m.
Encosta (ou vertente): região de declive topográfico que margeia o alinhamento de uma região mais elevada ou que compõem as margens de um vale e por onde correm as água pluviais.
Escarpa: face íngreme, frequentemente com rochas aflorantes, que pode ser produzida por falhamento ou por erosão.
Esporão: elevação alongada que se projeta em ângulo forte, como contraforte, da cadeia de montanhas principal ou da região mais elevada topograficamente.
Falésia: escarpa, geralmente constituída de camadas sedimentares ou vulcano-sedimentares, acompanhando a linha costeira.
Montanha: elevação com altura* superior a 300 m e constituída por um grupo de morros, originada por orogênese.
Monte: elevação com altura* entre 50 m e 300 m e encostas com declividade superior a 30% na linha de maior declividade. O termo se aplica de ordinário a elevação isoladas na paisagem.
Morro: elevação com altura* aproximadamente entre 100 a 200 m.
Morro testemunho (ou inselberg): elevação que se destaca em superfície de aplainamento como relevo residual não aplainado.
Mesa: forma de relevo plano e horizontalizado, bordejado por escarpas, típico de regiões com camadas horizontalizadas sedimentares ou vulcano-sedimentares.
Pico: ponto culminante de uma montanha ou de uma serra, geralmente de forma pontiaguda.
Platô: área mais elevada do relevo de uma região, com extensões variadas e declividades baixas, circundada normalmente por escarpas e encostas.
Serra: terreno acidentado com fortes desníveis.
*As alturas citadas devem ser usadas apenas como referências relativas, pois a determinação de tais limites ainda "carece de discussões específicas". Além disto, pedindo licença aos autores de algumas definições acima, altura (medida em relação à região circundante) foi preferida no lugar de altitude (medida em relação ao nível do mar).

Um exemplo de associação com forma de relevo é o do Mosteiro Debre Damo do século VI. Recebeu o mesmo nome a mesa (ou "amba" no idioma da Etiópia) em cujo topo ele está localizado na região de Tigray, no norte daquele país. Esta mesa tem formato trapezoidal com cerca de 1.000 por 400 m de área.

A mesa do Mosteiro de Debre Damo, na Etiópia (FotoOndřej Žváček).

Formas de relevo que se destacam topograficamente, originadas por processos de evolução da paisagem, são candidatas a receber mosteiros elevados em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares. Como será visto, é lá que estes mosteiros são frequentemente encontrados.

Referências

Formas de relevo (acesso em 2023): docs.ufpr.br

Geologia da Capadócia (acesso em 2023): www.researchgate.net

Mosteiro Debre Damo (acesso em 2023): www.ethiovisit.com

Paisagens sagradas de Tigray (acesso em 2023): whc.unesco.org

Propriedades físicas das rochas (acesso em 2023): csci.tu.edu.iq

Região de Tigray (acesso em 2023): www.academia.edu

Sacra di Sant Michele (acesso em 2023): www.isprambiente.gov.it

Zelve na Capadócia (acesso em 2023): www.cappadociahistory.com


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