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A Falha do Ponsul
Na imagem acima, a Falha do Ponsul é visualizada no concelho de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, em Portugal. Seu nome tem origem no Rio Ponsul que corre na região e que, em longo trecho, segue lado a lado com a escarpa que produz significativo degrau na paisagem. Dois terços do percurso desta falha acontecem em território português, onde, em certos pontos, alcança desníveis de mais 150 m do sopé ao topo. Estende-se desde a Serrinha, no Arneiro, junto a Vila Velha de Ródão, e segue para nordeste até Monfortinho, no município de Idanha-a-Nova. Mas não termina aí, continua em território espanhol. No trecho português, com 4 segmentos, estende-se por 82 km. O 5º segmento (Segmento Moraleja) está localizado na Espanha, onde continua por mais 36 km. A Falha do Ponsul constitui um evento tectônico do Maciço Ibérico, sendo uma das mais importantes estruturas geológicas que atravessa o território do Geoparque Naturtejo. Tem direção geral N60°E e mergulho médio de 55ºNW (com variação entre 80ºNW e 25ºNW). Esta falha movimentou algumas regiões, na horizontal, em até cerca de 1,5 km a partir de suas origens, como é o caso do monte de São Martinho, em Castelo Branco. Teve movimentação inversa e esquerda, o que pode ser comprovado pelo rejeito das cristas quartzíticas da sinclinal de Penha Garcia e dos metaconglomerados do Grupo das Beiras. Sua profundidade máxima é de 25 km, inferida a partir de sismicidade regional e de modelos reológicos da litosfera. Seu plano é ondulado e algumas porções apresentam grande sinuosidade, separando segmentos escalonados em degraus. Falhas de transferência estão associadas e normalmente são direitas. Ao longo de quase toda esta falha, há o contato entre terrenos do maciço rochoso varisco e depósitos cenozoicos. Sua escarpa está melhor preservada nos terrenos graníticos, como acontece em Idanha-a-Nova, onde há uma diferença de cotas de pelo menos 170 m, entre os dois blocos. A origem da Falha do Ponsul remonta há cerca de 300 milhões de anos, quando placas tectônicas colidiram para formar o supercontinente Pangea, já em fase tardia da Orogenia Varisca. O degrau que separa a superfície de Castelo Branco e a do Alto Alentejo foi produzido apenas há 10 milhões de anos. Foi uma reativação que ocorreu em movimento vertical inverso. A escarpa desta falha, elemento dominante no relevo regional, fez surgir um desnível na topografia que foi adotado como defesa natural para o Castelo de Idanha-a-Nova, assim como para outras estruturas defensivas ao longo de toda a sua escarpa. Ela esboça a primeira elevação do planalto da Meseta em direção à Cordilheira Central da Península Ibérica, distinguindo a superfície de aplanação do Alto Alentejo, ao Sul, em relação à Plataforma de Castelo Branco, mais alta, ao Norte. A Falha do Ponsul desnivela antigas províncias portuguesas, evidenciando diferenças de solo e, consequentemente, o que se consegue obter de proveito dele. Ela demarca o trecho a partir do qual começa um outro Portugal, ausente de planícies e repleto de vales e montanhas, transformando por exemplo Idanha-a-Nova em um conjunto de múltiplos miradouros.
(Crédito da imagem: A. J. D. Sequeira / LNEG - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4 - fonte5)
Na imagem acima, a Falha do Ponsul é visualizada no concelho de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, em Portugal. Seu nome tem origem no Rio Ponsul que corre na região e que, em longo trecho, segue lado a lado com a escarpa que produz significativo degrau na paisagem. Dois terços do percurso desta falha acontecem em território português, onde, em certos pontos, alcança desníveis de mais 150 m do sopé ao topo. Estende-se desde a Serrinha, no Arneiro, junto a Vila Velha de Ródão, e segue para nordeste até Monfortinho, no município de Idanha-a-Nova. Mas não termina aí, continua em território espanhol. No trecho português, com 4 segmentos, estende-se por 82 km. O 5º segmento (Segmento Moraleja) está localizado na Espanha, onde continua por mais 36 km. A Falha do Ponsul constitui um evento tectônico do Maciço Ibérico, sendo uma das mais importantes estruturas geológicas que atravessa o território do Geoparque Naturtejo. Tem direção geral N60°E e mergulho médio de 55ºNW (com variação entre 80ºNW e 25ºNW). Esta falha movimentou algumas regiões, na horizontal, em até cerca de 1,5 km a partir de suas origens, como é o caso do monte de São Martinho, em Castelo Branco. Teve movimentação inversa e esquerda, o que pode ser comprovado pelo rejeito das cristas quartzíticas da sinclinal de Penha Garcia e dos metaconglomerados do Grupo das Beiras. Sua profundidade máxima é de 25 km, inferida a partir de sismicidade regional e de modelos reológicos da litosfera. Seu plano é ondulado e algumas porções apresentam grande sinuosidade, separando segmentos escalonados em degraus. Falhas de transferência estão associadas e normalmente são direitas. Ao longo de quase toda esta falha, há o contato entre terrenos do maciço rochoso varisco e depósitos cenozoicos. Sua escarpa está melhor preservada nos terrenos graníticos, como acontece em Idanha-a-Nova, onde há uma diferença de cotas de pelo menos 170 m, entre os dois blocos. A origem da Falha do Ponsul remonta há cerca de 300 milhões de anos, quando placas tectônicas colidiram para formar o supercontinente Pangea, já em fase tardia da Orogenia Varisca. O degrau que separa a superfície de Castelo Branco e a do Alto Alentejo foi produzido apenas há 10 milhões de anos. Foi uma reativação que ocorreu em movimento vertical inverso. A escarpa desta falha, elemento dominante no relevo regional, fez surgir um desnível na topografia que foi adotado como defesa natural para o Castelo de Idanha-a-Nova, assim como para outras estruturas defensivas ao longo de toda a sua escarpa. Ela esboça a primeira elevação do planalto da Meseta em direção à Cordilheira Central da Península Ibérica, distinguindo a superfície de aplanação do Alto Alentejo, ao Sul, em relação à Plataforma de Castelo Branco, mais alta, ao Norte. A Falha do Ponsul desnivela antigas províncias portuguesas, evidenciando diferenças de solo e, consequentemente, o que se consegue obter de proveito dele. Ela demarca o trecho a partir do qual começa um outro Portugal, ausente de planícies e repleto de vales e montanhas, transformando por exemplo Idanha-a-Nova em um conjunto de múltiplos miradouros.
(Crédito da imagem: A. J. D. Sequeira / LNEG - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4 - fonte5)
Assuntos do dia
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Samarco divulga Relatório de Sustentabilidade de 2021
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Decisão da justiça carioca afirma que empresa de petróleo deve recolher o ISS no local onde foram exercidas as atividades provisoriamente
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(Por Paulo Nogueira)
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Energia alternativa |
Eletrobras prevê investimentos de R$ 15 bilhões em solar e eólica
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Os segmentos solar e eólico terão prioridade.
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AES Brasil dá salto em capacidade de geração instalada após comprar três novos complexos eólicos
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Foram adicionados 456 MW de capacidade instalada após compra de Ventos do Araripe (PI), Caetés (PE), e Cassino (RS).
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Neoenergia dobra produção eólica
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Vida na Terra pode ter surgido de turbulências geológicas
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Um elemento básico e abundante no nosso planeta atual, o O2, nem sempre esteve por aqui.
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Vulcanismo |
Vulcão Popocatepetl
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Outros vulcões em destaque
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Sismos em RN
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Sismos mundiais com 5,0 graus ou mais nas últimas 24 horas
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LEIA MAIS em www.emsc-csem.org
Sismos mundiais entre 4,5 e 4,9 graus nas últimas 24 horas
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Dia 09, em Panay, Filipinas (4,7 graus), no sul das Ilhas Fiji (4,8), na região de Kep. Mentawai, Indonésia (4,7), dois na região de Sumbawa, Indonésia (4,6 e 4,8), na costa de Aisen, Chile (4,8), a leste de Honshu, Japão (4,6), e na região das Ilhas Sanduíche do Sul (4,8).
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Ruínas romanas são encontradas sob conjunto habitacional na Inglaterra
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Complexo de edifícios datados do Império Romano é provavelmente uma antiga vila de alto padrão ou um santuário religioso, dizem arqueólogos.
LEIA MAIS em revistagalileu.globo.com
Asteroides |
Descobertas origens do meteoro de Madrid
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LEIA MAIS em www.esa.int
Evento |
Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM 2022)
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Inscrições abertas para as rodadas de negócios na EXPOSIBRAM 2022.
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A mineração e a comunidade
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LEIA MAIS em www.vale.com
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LEIA MAIS em noticias.uol.com.br
- Siemens Energy diz que turbina do gasoduto Nord Stream 1 está pronta e nada impede a Rússia de recebê-la.
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Notícias em 08/08/2022
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