Por Marco Gonzalez
Durante a Segunda Revolução Industrial, no século XIX, diversos países, como Alemanha, Suécia e EUA, beneficiaram-se grandemente de seus recursos naturais.
Nos EUA, foram descobertos depósitos de cobre, em Michigam, em 1840, e de ouro na Califórnia, em 1848, e no Colorado, em 1858. A corrida do ouro na Califórnia levou para a região tantas pessoas que ela foi admitida como estado da União já em 1850. Em Pikes Peak, a porção mais elevada das Montanhas Rochosas, o ouro abriu as portas do Colorado, colocando-o no mapa em 1859.
Em 1869 foi descoberta a maior pepita de ouro já encontrada pesando aproximadamente 72 kg, em Moliagul, na Austrália.
Em 1874, uma tropa da Cavalaria dos EUA, liderada pelo tenente-coronel George Armstrong Custer atravessou o território Black Hills de Dakota e encontrou, por lá, vestígios de ouro. Em 1876, esses vestígios levaram à descoberta do depósito de Homestake, em Dakota. Essa mina propiciou a ascensão financeira da poderosa e rica família Hearst e à fundação da Homestake Mining Company, a principal produtora de ouro do país, que, em 1935, registrou US$ 11,39 milhões de lucro líquido, um recorde que perdurou por quase 40 anos.
Entre 1866 e 1914, foi aberto o Big Hole de Kimberly, na África do Sul, com uma área de 17 hectares (em superfície) e uma profundidade de cerca de 200 metros, a maior mina a céu aberto do mundo cavada com pás e picaretas. Cerca de 25 milhões de toneladas de terra e rocha foram retiradas por 50 mil mineiros para produzir 2.720 kg de diamantes. Entre eles foi encontrado, em 1878, o diamante amarelo Tiffany, com 287,42 quilates.
Em 1896, ocorrências de ouro no Alasca incitaram nova corrida de ouro no Vale do Rio Yukon.
Diversas ocorrências minerais foram sendo encontradas e contribuíram para o desenvolvimento no mundo todo. Por exemplo, em 1911 foi descoberta a maior mina de estanho do planeta, a mina Uis, na Namíbia. Em 1938, ela foi adquirida pela empresa Krupp da Alemanha.
Do carvão para o petróleo...
Nos EUA, foram descobertos depósitos de cobre, em Michigam, em 1840, e de ouro na Califórnia, em 1848, e no Colorado, em 1858. A corrida do ouro na Califórnia levou para a região tantas pessoas que ela foi admitida como estado da União já em 1850. Em Pikes Peak, a porção mais elevada das Montanhas Rochosas, o ouro abriu as portas do Colorado, colocando-o no mapa em 1859.
Em 1869 foi descoberta a maior pepita de ouro já encontrada pesando aproximadamente 72 kg, em Moliagul, na Austrália.
Em 1874, uma tropa da Cavalaria dos EUA, liderada pelo tenente-coronel George Armstrong Custer atravessou o território Black Hills de Dakota e encontrou, por lá, vestígios de ouro. Em 1876, esses vestígios levaram à descoberta do depósito de Homestake, em Dakota. Essa mina propiciou a ascensão financeira da poderosa e rica família Hearst e à fundação da Homestake Mining Company, a principal produtora de ouro do país, que, em 1935, registrou US$ 11,39 milhões de lucro líquido, um recorde que perdurou por quase 40 anos.
Entre 1866 e 1914, foi aberto o Big Hole de Kimberly, na África do Sul, com uma área de 17 hectares (em superfície) e uma profundidade de cerca de 200 metros, a maior mina a céu aberto do mundo cavada com pás e picaretas. Cerca de 25 milhões de toneladas de terra e rocha foram retiradas por 50 mil mineiros para produzir 2.720 kg de diamantes. Entre eles foi encontrado, em 1878, o diamante amarelo Tiffany, com 287,42 quilates.
Em 1896, ocorrências de ouro no Alasca incitaram nova corrida de ouro no Vale do Rio Yukon.
Veio de quartzo com ouro na propriedade da Seward Bonanza Gold Mines Co., Alasca, em 1911
(por US Geological Survey)
Diversas ocorrências minerais foram sendo encontradas e contribuíram para o desenvolvimento no mundo todo. Por exemplo, em 1911 foi descoberta a maior mina de estanho do planeta, a mina Uis, na Namíbia. Em 1938, ela foi adquirida pela empresa Krupp da Alemanha.
Do carvão para o petróleo...
Na década de 1920, o carvão ainda era a principal fonte de energia mundial. No entanto, crescia o consumo de óleo em motores e, nas décadas de 1950 e 1960, o petróleo já era o combustível mais utilizado no mundo. Se, por um lado alguma modernização, em combustível, era introduzida nas minas de carvão, para o carvão em si já se previa uma dura concorrência.
Na prática, tudo começou em 1866, quando o comerciante alemão interessado em ciências, Nikolaus August Otto, construiu uma máquina que utilizava benzeno como combustível. A ideia do motor de combustão interna, nascida quando o motor a vapor estava a todo vapor, explodiu com uma mistura de ar e combustível para gerar força e movimento.
A principal consequência do motor de combustão interna foi o uso da gasolina como combustível. A gasolina era um subproduto do petróleo, na época, descartado pela inutilidade.
Locomotiva com motor de combustão interna Hornsby-Akroyd, que usava "óleo pesado" como combustível, da Chattenden & Upnor Railway, de 1903 (por Commons Wikimedia)
Antes, em meados de 1850, a indústria petrolífera já havia iniciado seu ritmo de modernização. Processos de refino haviam sido desenvolvidos por James Young, na Escócia, ao descobrir a possibilidade da extração do petróleo a partir do carvão e do xisto betuminoso. Em 1859, o americano Edwin Drake, na Pensilvânia, perfurou um poço, com aproximadamente 21 metros, rico em petróleo. A produção dos EUA passou de dois mil barris, em 1859, para dez milhões em 1874.
No Brasil, na década de 1860, as primeiras lavras de carvão eram iniciadas por famílias de ingleses trazidas pelo engenheiro de minas James Johnson. Na época, ele obteve a primeira concessão e abriu a mina de Arroio dos Ratos, no Rio Grande do Sul.
Em 1960, foi criada a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) agrupando países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Catar, Kuwait e Emirados Árabes), da América do Sul (Equador e Venezuela), da África (Nigéria, Argélia, Líbia e Gabão) e da Ásia (Indonésia).
... e do ferro para o aço
O ferro forjado, no Brasil, não teve sucesso. Em 1829, o inglês Christopher Starr fundou no Recife a Fundição d'Aurora que, em 1873, parou de funcionar, corroída pela concorrência do produto importado. No entanto, no outro lado do Atlântico, com a rede ferroviária britânica a todo vapor, a indústria siderúrgica daquele país exportou ferro para a construção de ferrovias em diversos países. Na primeira metade do século XIX, as exportações de ferro alcançaram a média de 25% do produto bruto da indústria britânica e, em 1850, chegaram a 39%.
Nessa época surgiu o processo Bessemer, patenteado em 1856. Com ele, viabilizou-se uma intensa produção de aço.
Processo Bessemer sendo utilizado em Dniprodzerzhynsk, na Ucrânia. Data entre 1890 e 1908 (Commons Wikimedia)
O sueco Goran Goransson tornou mais confiável o processo Bessemer e o inglês Robert Forester Muschet o aperfeiçoou com uma liga incluindo carbono e manganês. Assim, a produção de aço a baixo custo na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos revolucionou a construção de edifícios e substituiu o ferro em diversos usos e até mesmo em trilhos ferroviários.
Acelerando o ritmo, no início da década de 1890, EUA e Alemanha ultrapassaram a indústria britânica na produção de aço. E, em seguida, os altos-fornos dos EUA deixaram de ter concorrência.
As novas paisagens urbanas
A Torre Eiffel, de Paris, finalizada em 1889, foi uma das últimas obras notáveis erguidas com ferro forjado pois a Segunda Revolução Industrial determinou uma nova tendência: as construções em aço.
A Brooklin Bridge, de Nova Iorque, inaugurada em 1883, foi a primeira das grande pontes pênseis com cabos de aço. A ponte ferroviária Forth Bridge, da Escócia, entrou em operação em 1890, sendo a estrutura em aço mais proeminente da época. O Empire State Building, de Nova Yorque, inaugurado em 1931, foi constituído com 57.000 toneladas de colunas e vigas de aço. A Golden Gate Bridge, de São Francisco, quando foi aberta ao tráfego, em 1937, era noticiada nos jornais como uma harpa de aço de trinta e cinco milhões de dólares.
Trabalhador na construção do Empire State Building, em 1930 (por Lewis Hine)
O cobre foi usado na "decoração" no final do século XIX. Tendo sua construção iniciada em 1875, a estátua da Liberdade, inaugurada em 1886, é coberta por 80 toneladas de cobre norueguês batido a mão. Ela foi projetada pelo francês Alexandre Gustave Eiffel, o mesmo da Torre Eiffel.
A política mineral brasileira
As Cartas Magnas brasileiras desenharam alguns zig-zags na política mineral do Brasil durante a Segunda Revolução Industrial. A Constituição de 1891 vinculou a propriedade do subsolo à propriedade do solo, enquanto que a de 1934 desvinculou. A Constituição de 1937 restringiu a mineração a brasileiros ou empresas constituídas por brasileiros, enquanto que a de 1946, a reabriu ao capital estrangeiro.
Enquanto isso, os recursos naturais brasileiros mereceram alguns registros. Em 1859, foram visualizadas emanações de óleo em cortes da estrada de ferro no Recôncavo Baiano, nas proximidades de Salvador. Em 1881, a lavra do folhelho pirobetuminoso da Bacia de Taubaté proporcionou combustível para a iluminação da cidade por aproximadamente dois anos. Entre 1892 e 1897, o fazendeiro Eugênio Ferreira de Camargo perfurou em Bofete (SP) o primeiro poço petrolífero do Brasil. Dele foram produzidos dois barris totalmente cheios de petróleo.
Primeiro poco de petróleo perfurado no Brasil, em Bofete, São Paulo, em 1892 (por wikipedia)
Em 1876, foi fundada a Escola de Minas de Ouro Preto, em Minas Gerais.
Em 1931, o Presidente Getúlio Vargas defendeu a nacionalização das reservas minerais brasileiras. Decretos suspenderam a alienação ou oneração de qualquer jazida mineral e foi estabelecida a lei de proteção à indústria carbonífera.
Neste mesmo ano de 1931, Monteiro Lobato criou a Companhia Petróleos do Brasil. Perfurou poços em Alagoas e São Paulo, mas nunca encontrou o que procurava. Gastou seu dinheiro de escritor e foi perseguido como agitador social. Em contrapartida seu nome foi dado a um campo de petróleo na Bahia.
Em 1939, foi registrada a primeira acumulação de petróleo no campo de Lobato, na Bahia. Agora sim, o Brasil tinha petróleo. Entre 1941 e 1953, foram descobertos os campos de Candeias, Aratu, Dom João e Água Grande, até hoje os maiores campos terrestres conhecidos no Recôncavo baiano.
Caminhões FNM, série D-11.000, de 1958 (por JasonVogel)
Os caminhões FNM transportavam suas cargas pelas estradas do Brasil em meados do século XX. Foi uma época de transição quando uma carga de responsabilidades, incluindo todos os avanços industriais obtidos até então, foram transferidos para a Terceira Revolução Industrial, que é o próximo assunto.
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