13 de junho de 2022

Notícias em 13/06/2022

Imagem em destaque

A geologia do Rio Amazonas
A bacia hidrográfica do Rio Amazonas, com cerca de 6 milhões de km² no norte da América do Sul, tem nascentes nos Andes peruanos e atravessa todo o continente para desaguar no Atlântico Equatorial. É limitada a oeste pela Cordilheira dos Andes, a norte pelo Planalto das Guianas, a sul pelo Planalto Central e a leste pelo Oceano Atlântico. A mais provável (principal) nascente do Rio Amazonas está localizada entre os montes andinos Mismi e Kcahuich, com o nome de Apurimac (imagem acima). Situa-se entre as cidades de Arequipa e Cusco, no sul do Peru, em rochas andesíticas do Plioceno, pertencentes ao Grupo Barroso. Antes de chegar ao Brasil, no entanto, o curso d'água recebe diversas denominações: Vilcanota, Ucayali, Urubamba e Marañón. No Brasil, suas águas ainda passam pelo Rio Solimões para, finalmente, continuar como Rio Amazonas. Da nascente à foz são cerca de 7 mil km de extensão, com uma largura média de 4 a 5 km. Movimenta um quinto das águas fluviais do planeta transportando para o mar, a cada mês, algo como um Pão de Açúcar inteiro de sedimentos. Simplificadamente, pode-se dizer que antigas bacias hidrográficas podem ter sido unidas pela erosão dos Andes e formado estes cursos d'água, mas esta história começa no final do Paleozóico e início do Mesozóico, com a Orogênese Gondwanide que provocou forte atividade plutônica. Em consequência, esforços compressionais causaram fraturamentos e soerguimentos no embasamento. Ainda no Mesozóico ocorreu intenso magmatismo básico com enxame de diques de diabásio. Após a ruptura do Gondwana, a placa tectônica Sul-Americana se movimentou para o oeste colidindo com a placa Nazca e elevando os Andes. Na fase logo anterior à formação dos Andes, o início propriamente dito da bacia hidrográfica do Amazonas pode ser explicado por duas teorias. Na primeira, fósseis de peixes indicam que há 2,5 milhões de anos um esboço do Rio Amazonas corria para oeste e desaguava em uma área hoje árida do Caribe. Na segunda, há 24 milhões de anos, havia um divisor de águas em relevos menos expressivos que o andino. À oeste deste divisor, eram formados lagos e pântanos e, à leste, as águas fluíam para a foz atual do Amazonas. Então, há cerca de 10 milhões de anos como consequência do soerguimento dos Andes, a sedimentação teria definido a drenagem da região produzindo declives adequados até alcançar a conformação atual da bacia hidrográfica. Nesta roteiro, importante também é o papel da tectônica, condicionando por falhamentos os cursos através da combinação de formações de grábens com processos de sedimentação. Por exemplo, o Rio Negro, o maior afluente do Amazonas na margem esquerda, corre em uma zona de falha normal que se estende por cerca de 70 km em linha reta, controlando ambas as margens. A ação das falhas geológicas causa, direta ou indiretamente, alterações significativas na paisagem e na dinâmica fluvial destes rios. É o caso das migrações do Rio Solimões (ou seja, o trecho superior do Rio Amazonas, no Brasil), com criação e destruição de bancos de areia, desmoronamento de margens e abandono de leitos. Também é o caso do vale onde corre o Rio Ariaú, que já foi antigo leito do Rio Negro. As falhas também afetaram o encontro das águas, entre os rios Negro e Solimões. Este encontro, que acontece por razões geológicas, climáticas, termais e da própria acidez das águas, já esteve cerca de 50 km à jusante da atual posição. Também se sabe que antes de criar o lago de Coari, o Rio Solimões corria 5 km mais a norte, posicionamento provocado pela falha transcorrente Coari-Codajás-Anamã. Outra alteração importante aconteceu no século XVI. O Rio Amazonas era conhecido pelos europeus como Rio Marañón, que é o nome ainda é usado no trecho peruano. Em uma expedição de 1542 comandada pelo espanhol Francisco Orellana (1510-1546), os europeus foram atacados por um grupo de guerreiras brasileiras, chamadas Icamiabas, lideradas por mulheres. O frei espanhol Gaspar de Carvajal (1504-1584), que fazia parte da expedição, as descreveu como mulheres altas, musculosas, de pele clara e cabelos compridos negros. Seus costumes faziam lembrar as lendárias amazonas da mitologia grega. A partir de então os europeus passaram a usar o nome Amazonas para se referir ao rio brasileiro.
(Crédito da imagem: portalamazonia - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4 - fonte5 - fonte6 - fonte7)

Assuntos do dia
mineração, mercado, política, meio ambiente, geologia, paleontologia, terremotos, vulcanismo, ciência espacial, asteroides, eventos e outros.

    Mineração
Brasil quer atrair investimentos em metais para baterias
    (Por James Attwood e Yvonne Yue Li / Bloomberg) O MME espera que o Brasil atraia uma onda de investimentos em cobre, níquel e lítio nos próximos anos, com a perspectiva de que a regulação simplificada amplie o acesso a depósitos ricos de metais de bateria.
    LEIA MAIS em www.msn.com


    Mercado
Mercado do petróleo

Mercado do ferro


    Política
Senado vota hoje teto do ICMS sobre combustíveis
    (Por Hérica Christian) Está na pauta do Plenário desta segunda-feira (13) o projeto do teto de 17% do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicações e de transporte público.
    LEIA MAIS em www12.senado.leg.br


    Meio Ambiente
Oito dos 10 municípios que mais emitiram gases de efeito estufa no país estão na Amazônia
    O grande responsável pela emissão nestas regiões é o desmatamento. Juntos, os dez municípios produziram 198 milhões de toneladas brutas de dióxido de carbono somente em 2019. Isso equivale a mais do que todas as emissões de países como Peru e Holanda.
    LEIA MAIS em cbn.globoradio.globo.com


    Geologia
Deveria haver um setor de Qualidade na Geotecnia?
    (Por Márcio Leão) Incluímos no grupo de dados geotécnicos os dados oriundos de monitoramentos e controles construtivos. Logo, estamos falando da geração de dados que balizaram as análises de definição dos meios e de controle de estruturas.
    LEIA MAIS em institutominere.com.br


    Paleontologia
Fóssil de dinossauro predador pequeno é encontrado no interior de São Paulo
    (Por Augusto Dala Costa e Luciana Zaramela) Foi encontrado em Osvaldo Cruz, no noroeste de SP, um osso fossilizado da vértebra de um abelissaurídeo, um exemplar adulto do período Cretáceo.
    LEIA MAIS em canaltech.com.br


    Vulcanismo
Vulcão Popocatepetl

Outros vulcões em destaque
    Registram atividade vulcânica significativa: Etna na Itália, Bulusan nas Filipinas, Ibu e Semeru na Indonésia, Fuego na Guatemala, Nevado del Ruiz na Colômbia, Sangay e Reventador no Equador e Sanbacaya no Peru.
    LEIA MAIS em www.volcanodiscovery.com


    Terremotos
Sismos mundiais com 5 graus ou mais nas últimas 24 horas

Sismos mundiais entre 4,5 e 4,9 graus nas últimas 24 horas
    Dia 12, no sudeste das Ilhas Loyalty (4,6 graus), em Jujuy, Argentina (4,6), no sul das Ilhas Kermadec, Nova Zelândia (4,7), em Sumatra do Norte, Indonésia (4,7), no sudoeste de Sumatra, Indonésia (4,5), no mar das Flores, Indonésia (4,8), e na região da Ilha Ascensión (4,8).
    Dia 13, dois em Vanuatu (4,8 e 4,9 graus), na região de Tonga (4,9), no sul da dorsal Meso-Atlântico (4,9), o sudoeste das Ilhas Ryukyu, Japão (4,6), e na Ilha de Vancouver, região do Canadá (4,6).
    LEIA MAIS em www.emsc-csem.org


    Ciência espacial
A lua cheia de junho, conhecida como "lua de morango", iluminará o céu durante esta semana
    (Por Rachel Fadem e Ashley Strickland / CNN) A Lua aparece cheia desde o início da noite de domingo (12) até o fim da noite de quarta-feira (15).
    LEIA MAIS em www.cnnbrasil.com.br

Sonda Gaia revela DNA estelar e "terremotos estelares" inesperados
    (Por Alícia Simões) Observações da sonda Gaia da Agência Espacial Europeia cobrem quase dois bilhões de estrelas – cerca de 1% do número total na galáxia – e permitem que os astrônomos reconstruam a estrutura de nossa galáxia e vejam como ela evoluiu ao longo de bilhões de anos.
    LEIA MAIS em www.revistaport.com

Estudo lança luz sobre como estrelas em expansão engolem planetas


    Asteroides
Sistema Solar tem mais de 1 milhão de asteroides
    (Por Acácio Moraes) No nosso sistema solar há três zonas especialmente ricas em asteroides. São elas o cinturão principal, as orbitas de grandes planetas e o cinturão de Kuiper.
    LEIA MAIS em www.tecmundo.com.br


    Eventos
Exhibición Internacional de Tecnologías e Innovaciones para la Industria Minera y Energética (EXPONOR 2022)

Curso Britagem e Moagem na Indústria Cerâmica

Ibram: Participe da coleta de dados ESG Mineração do Brasil

ANP recebe delegações estrangeiras para troca de experiências
    A ANP recebeu na última semana uma delegação de Angola para troca de experiências e informações relacionadas ao setor de petróleo e gás natural, com foco em dados técnicos. Outras delegações também estiveram na ANP.
    LEIA MAIS em www.gov.br


    Extra
A guerra na Ucrânia


Notícias em 12/06/2022

Nenhum comentário:

Traduzir

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *