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A geologia das praias coloridas do Oceano Índico

28 de outubro de 2022

Notícias em 28/10/2022

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Serra da Estrela
A Serra da Estrela tem orientação sudoeste-nordeste e está localizada no centro-leste de Portugal, na porção ocidental da Cordilheira Central, entre a Serra da Peña de Francia e a Serra do Açor. Ela faz parte do Parque Natural da Serra da Estrela, com área de 88.850 ha, criado em 1976, que abrange os concelhos de Celorico da Beira, Covilhã, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia. Estende-se desde a cidade da Guarda, a nordeste, até os contrafortes da Serra do Açor, a sudeste.
A história geológica da região começa há cerca de 650 milhões de anos, quando a Península Ibérica estava submersa. Acontecia a deposição de sedimentos argilosos e arenosos em ambiente marinho. Há 380 milhões de anos, no Devoniano, durante a Orogenia Hercínica, colidiram as placas tectônicas Euro-Asiática e Americana. As rochas foram dobradas e a Península Ibérica foi soerguida, enquanto eram formados xistos e grauvacas por metamorfismo. No Carbonífero, produziram-se grandes fraturas por onde o magma granítico ascendeu durante 30 milhões de anos formando rochas granitoides de composições mineralógicas variadas. No Mesozoico, o sistema montanhoso sofreu erosão intensa ao serem expostas suas rochas na superfície. Há 65 milhões de anos, na Orogenia Alpina, a Serra da Estrela tomou forma como resultado da colisão das placas tectônicas Euro-Asiática e Africana, com nova fase de compressão. Há 20 mil anos, no Quaternário, durante o último período glacial, aconteceu a Glaciação de Wurm e, após 10.000 anos, com o aumento das temperaturas, houve a regressão das geleiras, deixando vestígios na Serra da Estrela.
Hoje, são encontrados nesta serra extensos afloramentos de rochas granitoides (granodiorito a leucogranito), com 340 milhões a 280 milhões de anos, e de rochas metamórficas (xistos e grauvacas), com 650 milhões a 500 milhões de anos. Todas estas rochas são atravessadas por numerosos veios de quartzo, pegmatitos graníticos e doleritos.
As rochas granitoides ocorrem principalmente no extremo norte e em partes elevadas. Fora das zonas cobertas por massas de gelo, observa-se um manto de alteração mais ou menos desenvolvido e também o caos de blocos e formas associadas, como tors, castle koppies e nubbins, resultantes da ação da água, do vento, de fenômenos químicos e de variações de temperatura. As áreas de granitoides são dominadas por planaltos extensos com vertentes abruptas, onde os cursos de água se instalaram com traçados essencialmente retilíneos em rede de fraturas tectônicas.
Xistos e grauvacas predominam nos setores sul e sudeste, entre Estrela e Açor e entre Videmonte e Verdelhos. Estas rochas são mais afetadas por processos erosivos e pelo escoamento superficial. Assim, a paisagem assume formas onduladas individualizadas, com rede de drenagem intensa e sinuosa.
Na Glaciação de Wurm, uma calota de gelo ocupou a parte superior da Serra da Estrela e, daquela cúpula gelada, divergiam línguas de gelo que desciam pelos vales periféricos. Nos locais sujeitos às ações erosivas, formaram-se circos e vales glaciais e são encontradas rochas arredondadas, polidas e estriadas, além de morenas e blocos erráticos.
Um dos testemunhos mais importantes deste período de glaciação é o Vale do Zêzere, que se estende por 13 km onde corre o rio de mesmo nome. De suas partes elevadas, é possível ver a Vila de Manteigas. O Vale do Zêzere (na imagem acima) foi criado quando blocos de gelo, ao derreterem, abriram espaço entre as montanhas. Alguns locais, nesta região, recebem os nomes de "cântaros" (por analogia a jarros que guardam água, como os cântaros Magro, Raso e Gordo) e "covões" (semelhantes a grande covas, como o Covão d'Ametade). O Covão d'Ametade está localizado na base do Cântaro Magro e neste cântaro está a fonte do Rio Zêrere.
A Serra da Estrela, sendo uma região elevada, com solos frequentemente escassos ou ausentes, e por sua posição geográfica, determina o isolamento de populações de fauna e flora. Há espécies, subespécies e variedades exclusivas, tais como a silene e a lagartixa-da-montanha. Em 1993, foi designada a Reserva Biogenética, com 16.610 ha, que representa 12% do Parque Natural da Serra da Estrela.
Diz uma lenda local que um pastor que vivia no Vale do Mondego, em Portugal, no norte desta serra, ao ver o nascimento de uma estrela de brilho intenso sobre aquelas montanhas, decidiu segui-la. Ao subir a serra, ficou fascinado com a paisagem que viu dali e batizou o local como Serra da Estrela. Há quem diga que isto aconteceu em um mês de abril, já que a estrela de Aldebaran, a mais brilhante da constelação de Touro, neste mês fica alinhada em posição coerente com a visão do pastor a partir do Vale do Mondego.
(Crédito da imagem: peuplier - fonte1 - fonte2 - fonte3 - fonte4 - fonte5 - fonte6)

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