Por Zelaznog Ocram
Representação artística e esquemática do processo regressivo ou progressivo, conforme sua visão de mundo (adaptado de Wikimedia Commons)
Tanto na ciência política, quanto na ciência social ou em qualquer ciência que se preze, as narrativas precisam fazer sentido. No caso da ciência geológica, para que qualquer texto sério tenha pretensão de fazer sentido, deve conter no primeiro parágrafo as seguintes três palavras: "tectônica de placas". Mais, se quiser ser considerado um texto extremamente sério deve contê-las já no título. Bem, logo se vê que este não é um texto extremamente sério.
Entretanto, este texto além de fazer sentido pretende ir além. Caso não pretendesse, com aquelas três palavras já garantidas no primeiro parágrafo, bastaria agora tratar da lenda do Universo Invertido, que é mais ampla e conhecida. Acontece que, além de fazer sentido, este texto pretende ser factível, viável. Então,
- considerando que a lenda do Universo Invertido tomaria o tempo de toda uma vida para ser escrita e outro tanto para ser lida;
- considerando que podemos até tentar aliviar um pouco a mente, mas nem eu nem você pretendemos gastar aquele tempo todo basicamente porque nem o temos livre; e, principalmente,
- considerando que se sabe de antemão que o Universo Invertido, inapelavelmente, não pode ter outro final a não ser o nada (ou o tudo);
este texto se restringe à sub-lenda que nos cabe: a Lenda do Retrocesso, numa época em que íamos para a direita no Universo Invertido.