Um martelo na mão e uma ideia na cabeça
O inglês Charles Robert Darwin (1809-1882), autor de "A Origens das Espécies", especialmente quando jovem se reconhecia como geólogo, tanto quanto qualquer outra categoria das Ciências Naturais. O contato que teve com o pensamento geológico da sua época influenciou a abordagem dos fenômenos que encontrou durante os cinco anos da viagem de circunavegação no veleiro Beagle. Seu olhar atento aos processos que atuam na Terra e os fósseis coletados naquela viagem aperfeiçoaram suas intuições e amadureceram seu pensamento sobre a evolução das espécies.
Charles Darwin (provavelmente com pouco menos de 30 anos) em aquarela pintada por George Richmond, no final dos anos 1830, após o retorno da viagem do Beagle (Wikipedia)
Darwin confessou em carta a suas irmãs: "literalmente não consigo dormir por pensar na minha geologia". Ele acreditava que esta era uma área que viabilizava um campo de pensamento muito maior do que os outros ramos da história natural.
Em geral, pensa-se na evolução das espécies como um tema relacionado à biologia, mas ele é mais abrangente e alcança outras áreas da ciência como, por exemplo, o estudo dos fósseis. Através deles é possível comparar as idades das rochas e investigar ambientes passados. A evolução das espécies, neste sentido, é a estrutura que apóia pesquisas como estas.